Tendo em vista o anúncio do sindicato Sinditamaraty, em mídias sociais e
na imprensa, da greve dos funcionários do quadro permanente do Itamaraty,
diplomatas, oficiais de chancelaria, assistentes de chancelaria e de outras
carreiras, para os próximos dias 12 e 13 de maio, a Associação
Internacional do Funcionários Locais no Mundo – Aflex, vem a público prestar
alguns esclarecimentos.
Apesar da
“coincidência” das datas, não é a mesma classe que entrará em greve. Após quase
um ano da greve dos funcionários locais, nos dias 13 e 14 de maio de 2014, que
fechou 16 postos estratégicos, como o Consulado-Geral do Brasil em Nova York, a
Aflex não foi contactada ou ouvida pelo governo até o momento, apesar da forte
repercussão na mídia nacional e internacional. Na ocasião, na contra-mão da
diplomacia, a greve resultou em cortes de dois dias de salário, demissões,
muita pressão e ameaças.
A classe dos funcionários locais é composta por 4.000 trabalhadores que
são encarregados por 90% do atendimento ao público e por 75% da impressão de
documentos, entre outros
atendimentos em setores como assistência, administração, informática,
educacional e comercial, nos consulados, embaixadas e nas diversas missões. Não
são servidores públicos brasileiros e nem pleiteiam ser, pois são recrutados
por processo seletivo em diferentes países, entretanto, representam o Brasil de
forma exemplar e servem há décadas as comunidades, brasileiras e estrangeiras,
no exterior.
Todo
trabalhador merece receber tratamento digno, mas infelizmente os salários dos
funcionários locais continuam defasados e já são 8 anos sem reajuste salarial.
Para piorar, o limbo jurídico não foi solucionado, alguns contratos de trabalho
tem sido diminuídos para de 3 em 3 ou de 6 em 6 meses, o nível de insatisfação
é enorme e o número de pedidos de demissão nos últimos meses bateu recordes.
Apesar do
cenário turbulento a Aflex preocupa-se com o impacto que a notícia da greve
possa ter para o público em geral, por isso solicitou que a classe compareça,
como de hábito, aos seus postos de trabalho para que o atendimento ao público
não seja afetado. Para tal, conta com a colaboração dos Chefes dos Postos,
Encarregados, Cônsules-Gerais e Embaixadores, para que assegurem a abertura dos
postos diplomáticos, a entrada dos funcionários locais e do público.
DIRETORIA DA AFLEX
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